Reserva Natural Estricta San Antonio
A Reserva Natural Estricta San Antonio encontra-se a nordeste da província de Misiones, no departamento General Belgrano, a 5 km da localidade homônima, e a 338 km da capital provincial de Posadas, a 26° 08′ S, 53° 43′ O, na Argentina.
O rio Santo Antonio, fronteira com o Brasil, constitui seu limite norte junto com o arroio de El Pesado el oeste. Ao sul, os campos da Estação Experimental do INTA Gral. Belgrano.
Esta área foi a "Estação Florestal Gral. Manuel Belgrano", do "Instituto Florestal Argentino IFONA). Fazia experimentos com árvores florestais (coníferas, eucalipto), e mantinha uma área intacta de flora nativa. Com a dissolução do Instituto Florestal Nacional, a Administração de Parques Nacionais recebeu parte destas terras e cria a Reserva.
A figura de Reserva Natural Estrita (RNE) impõe o mais restrições a área aplicada. Ali, a interferência humana direta se reduz ao mínimo (não se permitem visitas, salvo por fim científico autorizado e/ou para controle e vigilância) a fim de permitir as comunidades vegetais, animais e processos ecológicos aconteçam livre e espontaneamente.
São frequentes as espécies de erva mate, laurel negro, guatambú branco, onde no Bosque de Pinho Paraná encontra-se exemplares naturais de pinho paraná ou curí (Araucaria angustifolia), típico dos setores serranos elevados e mais frios do sudeste brasileiro. Esta espécie é uma conífera nativa da mesma família do pehuén, a araucária da Patagônia. De grande porte, alcança 30m de altura, com sementes comestíveis que são aproveitadas pelos moradores do povoado.
Fisiologia
[editar | editar código-fonte]Abundantes chuvas modelaram a paisagem devido aos distintos ciclos erosivos. Resulta em múltiplos vales onde está presente uma rede hídrica profusa, cujos cursos trocam de rumo bruscamente para acomodar-se ao desnível entre os distintos mantos de basalto, formando saltos. A cor avermelhada, característico do solo das Missões, responde ao processo de alteração basáltica em condições de clima cálido e úmido. A flora e outros aspectos afetam na variação de tons de terra, do vermelho intenso a rosados tênues.
Um extremo das Serras de la Victoria chega a localidade de Bernardo de Irigoyen, portanto a Reserva San Antonio está afetada por estas elevações.
Hidrografia
[editar | editar código-fonte]Na parte norte do limite provincial oeste é composto pelo rio San Antonio, que é também o limite leste da Reserva Estricta.
Na fronteira com Brasil, há 23 km entre o rio San Antonio e o Pepirí Guaçú, como ocorre em una porção do limite de la Reserva San Antonio.
Pela Reserva passam os arroios Pesado, Tigre e Rolador. Em um setor, o rio San Antonio tem 10 m de largura e 1 m de profundidade, indicando ser um rio secundário. Fora da área da reserva, há um setor para sua futura ampliação, onde o arroio Rolador produz um salto importante conhecido como Rolador ou Tupá-sy (Deus em guarani).
Clima
[editar | editar código-fonte]A Reserva Natural San Antonio tem clima subtropical sem estação seca, com escassa variação anual da temperatura e abundância de chuvas. Indo ao oeste, estes parâmetros se atenuam até aparecer uma estação seca.
- Mês mais quente, fevereiro, temperatura média media: 26 °C
- Mês mais frio, julho, temperatura média: 14,5 °C
- Umidade relativa do ar: 70 a 90 %
- Chuvas: 1500 a 2000 mm/ano. Na província de Misiones, as precipitações aumentam de sudoeste a nordeste
- Ventos: 10 km/h
Uma característica climática da zona é a amplitude térmica diária mais acentuada que a estacional, formando-se abundante orvalho a noite.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Amable M. A., Dohmann, K. y Rojas, L. M. 1996. Historia misionera- Uma perspectiva integradora, Centro de Investigaciones Históricas "Guillermo Furlong", Ed: Montoya.
- Atlas Total de la Republica Argentina-Atlas Físico. 1982. Vol. 1 y 2, Centro Editor de América Latina, Buenos Aires.
- Bosso, A, J. C. Chebez, S Heinonen Fortabat y G. Marino. 1994. Reserva Natural Estricta San Antonio. Informe de Avance. Relevamiento de flora, fauna y estado de conservación. Administración de Parque Nacionales. Delegación Técnica Regional. NEA. Inf. Inédito. Puerto Iguazú.
- Cabrera, A. L. 1976. Regiones fitogeográficas argentinas, Enciclopedia Argentina de Agricultura y Jardinería, 2a. ed., Tomo II.
- Chebez, J. C., Rey, N., Barbaskas, M. y Di Giacomo, A. 1998. Las Aves de los Parques Nacionales de Argentina, L.O.L.A.ed., Buenos Aires.
- Chebez, J. C. 1996. Fauna Misionera. Catálogo Sistemático y Zoogeográfico de los Vertebrados de la Provincia de Misiones (Argentina). L.O.L.A. ed., Buenos Aires.
- Chebez J. C. y Massoia, E. 1996. Mamíferos de la provincia de Misiones, en Fauna Misionera.
- Erize, F. 1993. El Gran Libro de la Naturaleza Argentina, Ed. Atlántida.
- Heinonen Fortabat S. y Chebez, J. C. 1997. Los Mamíferos de los Parques Nacionales de la Argentina. L.O.L.A. ed..
- Instituto Geográfico Militar. 1998. Atlas Geográfico de la República Argentina.
- Margalot, J. A. 1975. Geografía de Misiones.
- Navas, J., Narosky, T., Bó, N. y Chebez, J. C. 1991. Lista patrón de los nombres comunes de las Aves Argentinas, Asociación Ornitológica del Plata.
- Quirós, R. et al. 1983. Diccionario Geográfico de Ambientes Acuáticos Continentales de la Republica Argentina, Instituto Nacional de Investigación y Desarrollo Pesquero, Partes 1 y 2.
- Serviço Meteorológico Nacional, on line : [1]